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25 de Abril de 2024
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    Presidente de comitê de mudança climática dá início a ciclo de palestras sobre Protocolo de Quioto

    Publicado por JurisWay
    há 10 anos
    A professora Suzana Kahn Ribeiro, engenheira mecânica e presidente do Comitê Científico do Painel Brasileiro de Mudança Climática, falou, na manhã desta terça-feira a magistrados e servidores do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro sobre Repercussões da Ordem Internacional Climática sobre a Ordem Interna de Cada País. O evento foi o primeiro do ciclo de palestras sobre o Protocolo de Quioto, promovido pelo Poder Judiciário do Estado. A presidente do TJRJ, Desembargadora Leila Mariano, esteve presente na palestra e afirmou que devemos estar com o olhar voltado para Paris 2015, quando será rediscutido o Protocolo de Quioto. O TJ sai na frente, antecipando o que será tratado lá. É um passo à frente, afirmou. Ela defendeu a mudança para comportamentos mais sustentáveis, como alterações no próprio ambiente de trabalho. Não são só para o planeta, mas também para as gerações futuras, destacou. Para o presidente da Comissão de Políticas Institucionais para Promoção da Sustentabilidade (Cosus), Desembargador Jessé Torres, a ideia da iniciativa é trazer especialistas da área para debater o tema. Diante dos requisitos da sustentabilidade, o barato pode sair caro, alertou. Na palestra, a professora Suzana Kanh destacou que o tema envolve questões muito ligadas a direitos e deveres, e citou questionamentos como, por exemplo, de que modo distribuir o ônus de reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Para a especialista, a questão ambiental está diretamente ligada ao padrão de desenvolvimento. A professora citou marcos de negociações internacionais e alertou que o carbono, um dos agentes poluidores, fica mais de cem anos na atmosfera e que a temperatura média mundial vem aumentando. Suzana Kanh lembrou ainda que alterações climáticas ocorrem também por mudanças não ocasionadas pelo homem, como erupção vulcânica, por exemplo, mas que estas levam muito tempo para acontecer, ao contrário das produzidas pela ação humana. As atividades humanas estão promovendo mudanças em décadas, explicou a especialista, destacando que, quanto mais tarde for reduzida a emissão de poluentes, maior terá de ser o esforço futuro, com custos superiores. Na opinião da professora, atualmente o Brasil tem de incentivar o desenvolvimento baseado na promoção de uma economia de baixa emissão de carbono, devendo ocorrer a readequação dos padrões de consumo, entre outros aspectos. O Brasil não pode ficar defasado do modelo de desenvolvimento do futuro. A transição para a economia de baixo carbono é inevitável, enfatizou. A palestra contou ainda com a contribuição do presidente do Instituto Brasil Pnuma, professor de Engenharia Ambiental Haroldo Mattos de Lemos, que elogiou a postura proativa do TJRJ em relação à sustentabilidade e falou que a grande dificuldade dessas mudanças climáticas é a tragédia comum, quando os danos ocasionados são comuns a todos, como, por exemplo, os causados à atmosfera. Ele citou ainda que as emissões dos países pobres estão se igualando às dos países ricos. É uma questão complicada, finalizou. Organizado pelo Departamento de Promoção da Sustentabilidade (Deape) e pela Comissão de Políticas Institucionais para Promoção da Sustentabilidade (Cosus), o ciclo de palestras vai reunir especialistas para tratar do tema Protocolo de Quioto: resultados e preparativos para sua substituição. Os próximos eventos acontecerão nos meses de abril, maio, agosto e setembro deste ano. Saiba mais O Protocolo de Quioto é um acordo internacional que tem como meta a redução, pelos países desenvolvidos, da emissão de gases de efeito estufa em relação aos níveis emitidos em 1990. A Conferência do Clima de 2015 (COP21), a ser realizada em Paris, busca estabelecer um acordo climático global em substituição ao Protocolo de Quioto, que irá expirar em 2020. As palestras As inscrições para o ciclo de palestras deverão ser feitas exclusivamente pelo site da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj). Os eventos serão realizados no auditório Des. José Navega Cretton, na Av. Erasmo Braga, 115, 7º andar, Lâmina I, no Fórum Central. Mais informações podem ser fornecidas pelos telefones 3133-2336 e 3133-2338. Serão concedidas horas de capacitação pela Escola de Administração Judiciária (Esaj) aos serventuários que participarem das palestras, de acordo com a Resolução CM nº 13/2013. Os estudantes de Direito que participarem do ciclo de palestras terão horas de estágio computadas pela OAB/RJ. Veja, a seguir, a programação das palestras: Repercussões das Questões Climáticas sobre as CidadesData: 7/04Horário: das 10h às 12hPalestrante: Deputada Aspásia Camargo - Socióloga, ex-secretária de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e ex-secretária executiva do Ministério do Meio Ambiente. Repercussões das Questões Climáticas nas Contratações Públicas em face da Análise do Ciclo de Vida de Bens e ServiçosData: 15/5Horário: das 10h às 12hPalestrante: Prof. Haroldo Mattos Lemos - Engenheiro mecânico (PUC/RJ), com mestrado em Engenharia Sanitária e Ambiental (Delft University of Technology), presidente do Instituto Brasil PNUMA, que é o Comitê Brasileiro do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Possíveis Repercussões das Questões Climáticas em Ordem Legislativa NacionalData: 15/8Horário: das 16h às 18hPalestrante: Prof. Rogério Rocco - Mestre em Direito da Cidade (UERJ), foi coordenador regional do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio/MMA) e superintendente do Ibama/RJ: FNMA/MMA. Repercussões das Questões Climáticas sobre a Ordem Econômico-Administrativa dos EstadosData: 23/9Horário: das 16h às 18hPalestrante: Sérgio Besserman Vianna - Economista (PUC/RJ), membro do conselho diretor da WWF-Brasil, trabalha no tema Mudanças Climáticas desde 1992. Membro da missão diplomática brasileira em duas Conferências das Partes da ONU, ex-presidente do Instituto Pereira Passos/RJ, preside a Câmara Técnica de Desenvolvimento Sustentável e de Governança Metropolitana/RJ.(S.F./W.L)
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