Juízo recebe denúncia contra F.C.F.C.

O juízo sumariante do 2º Tribunal do Júri de Belo Horizonte recebeu ontem, 07/06, a denúncia do Ministério Público contra F.C.F.C., G.C.F.C., A.S.L., R.M., A.L.B., A.G.G., L.A.S.B. e S.E.B., acusados da mutilação e morte de dois empresários mineiros, em abril deste ano, no bairro Sion, região Centro-Sul da Capital.

O juízo decretou a prisão preventiva de F.C.F.C. Acatando requerimento do Ministério Público, os réus A.G.G., A.S.L., R.M. e A.L.B.S. tiveram convertida a prisão temporária em prisão preventiva. O acusado S.E.B. teve a conversão indeferida e o alvará de soltura expedido. O pedido de prisão preventiva para L.A.S.B. e G.C.F.C. também foi indeferido, tendo em vista as decisões proferidas pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Celso Limongi.

O Ministério Público denunciou os acusados como incursos nas sanções dos artigos 121, § 2º, incisos I, III, IV e V (homicídio qualificado), 148 (cárcere privado), artigo 158 (extorsão), 211 (destruição e ocultação de cadáver) e 288 (formação de quadrilha). Os crimes serão punidos na forma dos artigos 29 (que prevê a condenação também para aqueles que participam do crime), e 69 (que prevê a aplicação acumulada das penas em caso de prática de mais de um crime), todos do Código Penal Brasileiro.

De acordo com a denúncia, inicialmente os acusados seqüestraram e extorquiram os empresários. Após fazer saques e transferências de valores das contas deles, o grupo executou os empresários e levou os corpos no porta-malas do carro de uma das vítimas para a região de Nova Lima, lugar onde foram descartados.

Consta ainda na denúncia que os empresários estavam envolvidos em estelionatos e atividades de contrabando de mercadorias importadas, mantendo em seus nomes várias contas bancárias, de onde eram movimentadas grandes quantias em dinheiro. As atividades deles chegaram ao conhecimento de F.C.F.C., "chefe da quadrilha", que passou a manifestar o desejo de extorqui-los. Cientes dos planos de F.C.F.C., os demais denunciados colaboraram e participaram "voluntariamente" para o sucesso da empreitada.

Essa decisão está sujeita a recurso.

Assessoria de Comunicação Institucional - Ascom

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